17 de novembro de 2016

Phantom 4 Pro e Inspire 2 - DJI Continua crescendo!!!



Dois novos drones e…um ecrã. Foram estas as novidades que a DJI apresentou esta quarta-feira, em Berlim, com as agulhas apontadas à indústria cinematográfica.







O sigilo acabou!


Nesta quarta-feira foi montado um palco em Berlim para a apresentação europeia dos dois aparelhos da tecnológica chinesa, montou e sublinhou exaustivamente que “vamos assistir a uma revolução na indústria cinematográfica”.

Afinal, é para isso que vivem estes drones. São uma aposta clara na qualidade de imagem, na velocidade e na autonomia. Têm mais sistemas de voo inteligente, sensores e controladores adaptados a condições de iluminação natural. Mas vamos por partes.

Phantom 4 Pro

Este é o menor dos dois, o mais barato e o menos capaz. No entanto, nem por isso diminuí a experiência de qualidade. Como disse um dos apresentadores durante o evento, “nem sempre uma embalagem pequena é antônimo de qualidade”.

Essa fica atestada nas características. O Phantom 4 Pro tem 30 minutos de autonomia de voo, é controlável até um raio de 7 quilômetros, detecta obstáculos a partir de 30 metros de distância e consegue gravar em 4K a 60 frames por segundo. As fotografias, por sua vez, chegam aos 20 MP e o obturador é mecânico para reduzir o tempo de resposta. E como a velocidade importa, este se mantém nos 
72 km/h mesma velocidade do seu antecessor.








Os sensores de percepção espacial foram montados em cinco direções diferentes para assegurar que o Phantom não se choque contra qualquer superfície, mesmo a altas velocidades. E como a DJI quer ser considerada por produtores e realizadores, “para dar segurança aos pilotos na hora de captar imagens em ambientes mais irregulares”. O novo conjunto de sensores infravermelhos, possibilitam ainda a construção de um mapa em 3D daquilo que o Phantom consegue ver, e com isso, comunica ao seu piloto a sua trajetória mesmo sem o recurso do GPS. Outra das funcionalidades potenciada por estes sensores é o Narrow Sensing que adapta a visão do aparelho caso queira atravessá-lo por portas, vales ou outros espaços mais estreitos.

Mas, para este produto, as novidades não acabam aqui.





Os clientes da DJI pediram um controlador com ecrã embutido e, por isso, a empresa atendeu a vontade deles. De agora em diante, para pilotar um drone, não será necessário usar seu smartphone para os comandos. O novo display de 5.5 polegadas e 1080p de resolução mantém as funcionalidades a que tinha acesso com seu smartphone, mas as melhorias notam-se na luminosidade que pode chegar aos 1.000 nits. Para quê? Para permitir uma visualização clara mesmo em ambientes exteriores onde a luz natural pode dificultar a tarefa. O controlador integra ainda um microfone, um alto falante, WiFi e tem 5 horas de autonomia.

A frequência da transmissão pode chegar aos 5.8GHz na configuração mais cara, mas a versão standard fica-se pelos 2.4GHz.

Inspire 2

Mesmo com o Phantom apresentando características de qualidade e mais do que suficientes para a maioria das utilizações, a DJI decidiu "subir a parada" com o Inspire, um drone que foi descrito como “tecnologia de ponta para a indústria cinematográfica”.

Com o Inspire, a intensão foi dar corpo à ideia de um equipamento verdadeiramente profissional, preparado para captar imagens dignas de Hollywood.


Neste caso, o 4K parece coisa normal. O Inspire ambiciona a voos maiores e, para isso, a DJI integrou-lhe um sensor que grava até uma resolução máxima de 5.2K em CinemaDNG RAW ou Apple ProRes a 30 fps.

A velocidade que atinge quase ultrapassa o limite máximo permitido nas estradas brasileiras. Em apenas 4 segundos o Inspire chega aos 80 km/h e se forças um pouco mais ele atinge os 108 km/h, na vertical, ele perde um pouco, mas não muito: 6 metros por segundo é o limite.

Ao contrário do Phantom e do seu antecessor, o Inspire 2 tem uma estrutura construída em alumínio, aumentado a resistência do drone diante de possíveis choques. O conjunto de sensores ganha um reforço na parte de cima do Inspire, para evitar colisões contra tetos em voos interiores. Ao ar livre pode elevá-lo até uma altura de 5 quilômetros de altitude.




Em contrapartida, mais poder significa menos autonomia. Apesar da redundância de duas baterias amovíveis, o drone consegue aguentar apenas entre 25 a 27 minutos de voo no ar.

Os controladores (um para o drone e outro dedicado à operação da câmara) não vêem com um ecrã embutido, mas é exatamente aí que entra o novo display da DJI.

CrystalSky

Este é para quem não quer dispensar o seu smartphone para pilotar um drone.

O CrystalSky é um ecrã que serve para acoplar nos comandos que assim o exigem.

Vai ser vendido em dois tamanhos e, consequentemente, em duas medidas. O mais pequeno tem 5.5 polegadas, 1.000 nits de luminosidade, 1.920 x 1.080 FHD de resolução e entrada HDMI, USB e SD card.

A maior opção tem quase 8 polegadas, resolução de 2.048 x 1.536, as mesmas portas que o irmão mais pequeno e chega aos 2.000 nits de luminosidade.

Além de tudo isto ambos os drones integram sistemas de voo inteligente, tal como os modelos anteriores. Seguem carros e pessoas, circundam-nos, reconhecem gestos, voam autonomamente para os pontos indicados no mapa e até reconhecem trajetos desenhados no touchscreen do comando.

O Phantom 4 Pro vai custar cerca de 1.699€, já está disponível em pré-venda, mas traz consigo um controlador sem ecrã embutido. Se o quiser, terá de chegar aos 1.999€ para adquirir o Phantom Pro +. Ambos começam a ser enviados esta semana.

O Inspire 2 começa nos 3.399€, também já está disponível para encomenda e começa a ser entregue em dezembro. Neste caso, o preço depende sobretudo da câmara que decidir integrar no gimble do drone: a X4S (sem 5.2K ou suporte para DNG RAW) ou a X5S.